O diabo anda solto: será que estamos diante de uma epidemia de possuídos?


Cresce o número de sacerdotes que realizam exorcismos no mundo. Entenda um pouco mais sobre o assunto a seguir.
Fonte: Mega Curioso

Há alguns meses a notícia de que o Papa Francisco teria realizado um exorcismo em plena Praça de São Pedro parece ter aumentado o número de padres exorcistas em alguns lugares do mundo, ainda que a notícia sobre o Papa tenha sido, aparentemente, um equívoco, já que ele afirmou que estava apenas abençoando uma pessoa doente e não fazendo um exorcismo.

Em declaração publicada no portal espanhol Quo, o arcebispo de Madri, Antonio María Rouco Varela, disse que os casos de possessão acontecem com uma frequência impressionante. O mesmo portal fez uma espécie de ranking bem-humorado com algumas das cidades com mais padres exorcistas.
Números
A arquidiocese de Milão, na Itália, conta com 12 padres exorcistas, além de disponibilizar um ramal telefônico dedicado a atender somente esses casos. Já a cidade de Nova York tem 10 especialistas em arrancar o “coisa ruim” do corpo alheio.

Além dos peritos no assunto – só na Europa são 140 equipes de exorcismo, tanto católicas quanto evangélicas – alguns países, como a Polônia, contam com veículos de comunicação que informam sobre o assunto, com versão online, inclusive. No caso da revista polonesa, o leitor recebe instruções sobre como agir em casos de possessão e até de autoexorcismo.
Análises
Alguns pesquisadores têm questionado a retomada de preocupações relacionadas ao demônio. Um estudo do sociólogo Josetxo Beriain, da Universidade de Navarra, defende a ideia de que o maior beneficiado com a crise atual é o próprio demônio, pois, segundo Beriain, nos tempos atuais, recheados de incertezas de todos os tipos, o retorno de crenças supersticiosas é praticamente inevitável.

Há quem defenda que a “moda” dos exorcismos voltou com o Papa João Paulo II na década de 1980, quando exorcizou uma mulher possuída no Vaticano. Vale lembrar que o rito de exorcismo inclui a leitura de um texto religioso chamado “Ritual Romano”, usado pela Igreja Católica desde 1614.

Ainda assim, mesmo com a popularidade desses casos, recomenda-se sempre que o “possuído” tenha sua saúde mental avaliada por um médico psiquiatra e, se possível, por um psicólogo antes que qualquer medida seja tomada. O fato é que o número de sacerdotes que realizam essas manobras é relativamente grande e continua crescendo.