Costumes, rituais e culturas mais bizarras pelo mundo

Conheça um pouco desses estranhos costumes

   No mundo existem milhares de culturas e religiões, cada uma com suas peculiaridades,
 costumes e bizarrices. Eu decidi listar algumas que acho mais bizarras. Espero que gostem
 da seleção de bizarrices!

TRAIÇÃO COM CONSENTIMENTO DO MARIDO

   No povo Aranda, da Austrália, são realizados rituais de dança nos quais as mulheres 
são levadas pelos próprios maridos e procuram despertar o interesse sexual em homens 
desconhecidos. O homem eleito pela mulher durante o ritual mantém relações sexuais
 com ela com consentimento do marido.

AUMENTO ARTIFICIAL DOS LÁBIOS VAGINAIS

   Em Botsuana a cultura Tsuana considera que a proeminência dos pequenos lábios vaginais
 resulta em grande atração sexual. Assim, a partir da puberdade as meninas começam a 
puxá-los e podem até mesmo valer-se de outros recursos para aumentá-los (como 
matar um morcego, queimar suas asas e passar as cinzas sobre cortes feitos em volta dos 
pequenos lábios de forma a torná-los ”tão grandes quanto as asas de morcego“.

DUELOS

   Praticado entre os séculos 15 e 20 nas sociedades ocidentais, o duelo é um combate consensual
 entre duas pessoas, com armas letais equivalentes, de acordo com regras previamente expostas 
em razão de alguma questão de honra.
   O duelo normalmente nasce do desejo de uma das partes - o desafiante - de reparar um
 insulto à sua honra. O objetivo do duelo não é simplesmente matar, mas sim restaurar
 a honra pelo envolvimento voluntário em uma situação de risco de morte.
   Embora fosse geralmente ilegal, na maioria das sociedades o duelo era 
socialmente aceito. Os participantes raramente eram processados e, se fossem, 
não eram condenados.
Somente cavalheiros detinham a honra necessária para participar de um duelo.
Se um cavalheiro fosse insultado por alguém de classe inferior, ele não o
 desafiaria para um duelo, simplesmente o surraria com um chicote, bengala ou
ordenaria que alguns de seus servos o fizessem.
   Hoje, os duelos são ilegais em quase todos os países do mundo.

SACRIFÍCIO HUMANO

   Sacrifício Humano é o ato de matar uma pessoa como oferenda a alguma divindade
 ou outro poder, normalmente de origem sobrenatural. Era uma prática comum em
 várias culturas antigas, com o ritual variando entre elas. As vítimas eram mortas 
seguindo-se um ritual de forma a supostamente agradar os deuses ou espíritos.
   As vítimas podiam variar desde prisioneiros até crianças ou virgens, que 
eram mortas queimadas, decapitadas, enterradas vivas e etc.

SEPPUKU

   Também conhecido como hara-kiri, o seppuku é o suicídio ritual pela retirada das vísceras 
através de um corte na barriga. Era parte importante do bushido, o código dos samurais,
 e era cometido pelos guerreiros a fim de evitar que caíssem nas mãos inimigas ou para
 atenuar a vergonha.
   Um daimyo (senhor feudal) tinha o poder de ordenar que algum de seus samurais
 cometesse o seppuku. Em alguns casos permitiam-se que guerreiros em desgraça cometessem 
o seppuku ao invés de serem executados. Samurais femininos só podiam cometer o ritual sob 
permissão.
   O seppuku era visto como um ato de honra e coragem, admirável em um samurai que 
reconhecera sua derrota, desgraça ou ferimento fatal.
   Com o tempo desenvolveu-se um complexo ritual para o seppuku. O samurai banhava-se
 e era vestido com roupas brancas. Comia seu alimento favorito e, quando terminado, seu tantõ 
(punhal) era colocado sobre seu prato. Então o guerreiro preparava-se para a morte escrevendo 
um poema da morte. Com seu kaishakunin (auxiliar de confiança) ao lado, ele abria seu quimono e
 cravava a faca no abdômen, abrindo um corte da esquerda para a direita. No mesmo momento o
 kaishakunin faria então um daki-kubi, ou seja, deceparia a cabeça do samurai com um único
 golpe de espada.
   O seppuku foi proibido no Japão em 1873, mas nunca parou de ocorrer.

 EUNUCOS

   Eunucos são homens castrados. O termo “eunuco” é usado geralmente para se referir
 à homens castrados que designam algum papel social em função disso.
 Os primeiros registros de eunucos datam de 21 A.C. na antiga Suméria. Desde 
os eunucos desempenharam vários papéis em diversas sociedades diferentes. Desde cortesãos
, cantores (os famosos castrati), especialistas religiosos, oficiais do governo e comandantes militares

   A função mais comum, no entanto, é a de serviçal íntimo da corte (eunuco vem do grego 
“guardião da cama”). Na visão da época a castração os tornavam serviçais mais submissos e 
mais fieis.

CHANZÚ

   Do chinês “pés atados” o Chanzú foi uma prática comum na China durante cerca de 1000 anos.
 Meninas, na faixa dos quatro aos sete anos, tinham os pés atados com bandagens apertadas de
 forma que não pudessem crescer. Com o crescimento natural, os pés comprimidos se
 quebravam e cicatrizavam, num círculo que só terminava na fase adulta, ficando 
completamente deformados.
   Os “Pés de Lótus”, como eram chamados, não passavam dos 10 cm de comprimento,
 e eram visto como sinal de status social e elegância.
   O processo era complexo e deveria ser repetido a cada dois dias. Os pés eram untados em 
uma mistura de ervas e sangue de animal a fim de prevenir qualquer necrose. As unhas eram
 aparadas para evitar infecção. Em seguida a menina tinha os pés massageados. Bandagens
 eram imersas na mesma mistura de sangue e ervas. Cada um dos dedos era então quebrado
 e enrolado firmemente na bandagem úmida. Com a secagem, estas se contraíam e puxavam
 os dedos na direção do calcanhar.
   A cada novo processo as bandagens eram presas mais fortes, tornando o ritual sempre doloroso.

ENTERRO CELESTE

   Enterro celeste ou, ritual da dissecação, era uma prática comum no Tibet. O cadáver era 
cortado em pequenos pedaços e colocado no alto de uma montanha, ficando exposto aos 
elementos e aos animais (especialmente aves de rapina). Em tibetano a prática é conhecida 
como jhator, que significa literalmente “dar as almas aos pássaros”.
   A maioria dos tibetanos são adeptos do budismo, que prega o renascimento. Não há 
necessidade de preservar o corpo, que é agora vazio. Como o terreno tibetano é rochoso
 e muitas vezes difícil de cavar, o enterro celeste tornou-se uma forma prática de se livrar do
 corpo. A prática é considerada um ato de generosidade,
   Os jhator tradicionais são feitos em áreas específicas do Tibet. O processo completo 
é longo e caro e quem não pode paga-lo simplesmente tem o corpo deixado em
 alguma pedra, onde apodrecerá e será  comido por animais.
   O governo chinês proibiu a prática em 1960, mas a legalizou novamente em 1980.

SATI

   O Sati (ou Suttee) é um costume hindu no qual a viúva se sacrifica queimando-se viva junto do 
marido em sua pira funerária.
   Não se sabe a origem exata do costume. Embora ele seja associado com os 
indianos, práticas semelhantes ocorreram também entre os egípcios, chineses e vikings.
 A maior parte dos indianos nega que seja um costume hindu, visto que não consta nada
 a seu respeito em nenhum de seus textos sagrados.
   O sati é supostamente um ato voluntário. Argumenta-se, no entanto, que muitas mulheres 
podem ver-se impelidas a cometê-lo por pressão da sociedade e dos familiares
   Visto com horror pelos ocidentais o sati foi proibido pelo governo britânico em 1829, mas 
nunca foi extinto de fato. Desde a independência da Índia, em 1947, cerca de 40 casos foram
 noticiados. O mais recente deles aconteceu em 1987. A jovem Roop Kanwar, de 18, 
estava casada a apenas 8 meses quando seu marido faleceu em decorrência de uma
 apendicite. Os vizinhos disseram que no dia seguinte, durante seu funeral, a viúva apareceu, 
vestida com seu traje de casamento, sentou-se na pira, com a cabeça do marido no colo,
 e ordenou que acendessem as chamas. Cerca de 40 testemunhas foram presas acusadas de 
envolvimento na morte, mas ninguém testemunhou e, após 9 anos de disputa, os 
acusados foram inocentados.

AUTO-MUMIFICAÇÃO

   A auto-mumificação foi prática corrente entre um pequeno grupo de monges budistas do 
norte do Japão conhecidos como Sokushinbutsu. A fim de alcançar o status de Buda, os monges
 tiravam sua própria vida através de um processo de mumificação.

   Por um período de três anos o monge se alimentava de uma dieta especial composta somente 
por nozes e sementes, acompanhada por um programa de atividades físicas rigorosas. Esse 
período visava acabar com toda a gordura de seu corpo.
   Nos próximos outros três anos ele se alimentava somente de cascas de árvores e raízes e
 tomavam um chá venenoso feito da seiva da árvore de Urushi, que contém urushiol,
 substancia normalmente usada para embeber a ponta de lanças e flechas. Esse processo 
causava fortes vômitos e a perda sistemática dos fluidos corporais.
   Finalmente o monge se trancava em uma tumba de pedra, pouco maior que seu corpo, onde
 permanecia imóvel na posição de lótus. Sua única conexão com o mundo exterior eram 
um tubo de ventilação e um sino.     À cada dia ele tocava o sino uma vez. No dia que o sino 
não tocasse, seus amigos saberiam que ele estaria morto.
   O processo longo e doloroso requeria muito de seus praticantes, mas nem todos tinham 
sucesso no fim. Algumas tumbas, quando abertas, conservavam apenas o corpo 
apodrecido de seu hóspede.