O fracasso do OUYA

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O ano de 2013 pode ser considerado como o ano da invasão dos consoles baseados em Android. O mais famoso e importante deles é, sem dúvidas, o OUYA (https://www.ouya.tv/).
Esse pequeno console custa 99 dólares e acompanha um controle (de qualidade duvidosa). Existem pouquíssimos jogos exclusivos para o aparelho, a pessoa que comprá-lo terá que se satisfazer com vários jogos para smartphones e tablets adaptados para serem jogados com o controle.

73% das pessoas que compraram um      O

UYA nunca compraram nenhum jogo para a plataforma









Um dos principais lemas do OUYA é ser ‘hackeável’, ou seja, ele é aberto para desenvolvedores fazerem qualquer tipo de software customizado que quiserem. Em geral, isso possibilita a criação de diversos emuladores para o console, sendo um dos principais motivos de compra para quem estiver interessado em um OUYA: o bichinho emula quase tudo!
Mas nem tudo são rosas para esse pequeno videogame. Além dos poucos jogos exclusivos, como mencionei, a venda de jogos na loja do aparelho é praticamente insignificante.
Julie Uhrman, CEO da empresa OUYA, afirmou que 73% das pessoas que compraram um OUYA nunca compraram nenhum jogo para a plataforma! Isso mesmo, apenas 27% dos jogadores se animaram em gastar alguns trocados comprando algum jogo para o aparelho.
Existem algumas explicações para esse fenômeno. Um dos motivos, como expliquei, é que algumas pessoas compraram o aparelho apenas para emular jogos do Super Nintendo e Game Boy e jogá-los na TV bacana de LCD.
Outros apenas instalaram jogos gratuitos no aparelho e nunca se interessaram em comprar os jogos ‘pagos’. Ficaram apenas no free-to-play, bem comum para os usuários do sistema Android. Muquiranas! Brincadeirinha… =P
E, por fim, a pirataria também deve ter influenciado negativamente as vendas de jogos no console. Não precisa ser nenhum gênio para instalar os famosos ‘APKs alternativos’ em dispositivos com o sistema operacional Android.
Talvez a ideia de fazer uma plataforma tão aberta tenha prejudicado o OUYA. O feitiço pode ter se virado contra o feiticeiro.