Hobbits podem ter existido de verdade
Quem é fã da obra de Tolkien, certamente conhece algumas boas histórias envolvendo hobbits, mas uma coisa que ninguém sabia é que eles podem ter existido em nosso mundo real!
Um achado inesperado
Durante escavações em 2003, na caverna de Liang Bua, na Indonésia, foi encontrado um estranho esqueleto humano, que aparentava ser de uma criança, pois tinha apenas 1 metro de altura. Aquele achado despertou a curiosidade dos pesquisadores, que, após alguns exames, descobriram que aquele esqueleto era de uma fêmea adulta com mais ou menos 30 anos.
Mais exames foram feitos e ficou provado que aquele ser não sofria com a doença. Na verdade, o esqueleto era mesmo de uma espécie totalmente nova de humanos.
Hobbits fora da Terra Média
Quanto mais estudados eram esses pequenos humanos, mais interessante se tornava sua história. Foi descoberto que eles viveram isolados naquela ilha e isso, provavelmente, foi o que causou a diminuição do seu tamanho. A falta de alimentos, o espaço pequeno e outros problemas fizeram com que seu tamanho fosse diminuindo gradativamente, até ficarem com uma altura semelhante a dos hobbits. Isso também explica o fato de só terem existido seres dessa espécie nesse lugar, pois como não havia saída fácil da ilha, eles não se espalharam pelos continentes.
Outro fato interessante é que eles tinham cérebro bem menor do que o nosso. O órgão pensante dos hobbits do mundo real tinha apenas um terço do tamanho do cérebro do homem moderno. Mesmo assim, eles tinham habilidades para construir armas e ferramentas, algo que muitos pensavam ser impossível para um cérebro tão pequeno.
Os hobbits do mundo real tem o nome científico de Homo floresiensis e viveram entre 50 e 20 mil anos atrás. Os cientistas ainda não encontraram as ruínas do Bolsão ou do Pônei Saltitante, mas quem sabe em breve teremos notícias!
Mais sobre o Homo floresiensis
O corpo
A anatomia do homem de Flores mistura características de Australopithecus e Homo erectus (extintas há 1,4 milhões e 200 mil anos respectivamente) com traços do homem moderno Homo sapiens, numa combinação que intriga os cientistas. A principal característica é a altura reduzida, estimada em cerca de um metro para os indivíduos adultos (por comparação, os pigmeus da África Central medem entre 1,3 a 1,5 metros), mais ou menos o mesmo de um Australopithecus. A estrutura do crânio e da dentição assemelham-se à do Homo erectus, o que estabelece a ligação desta espécie com o Homo sapiens. As mãos são no entanto humanas, à excepção do tamanho mais reduzido, o que mostra que é uma espécie diferente do H. erectus e mais próxima do homem moderno. Pensa-se que o tamanho reduzido pode ser uma adaptação do homem de Flores a um ambiente insular confinado, à semelhança do observado noutros mamíferos como o Stegodon, um estegodonte anão.
O traço mais surpreendente do homem de Flores é a dimensão do crânio, que comporta um cérebro de apenas 380 cm³. Até esta descoberta, o volume mínimo admitido para o gênero Homo era de 500 cm³. Apesar do tamanho do cérebro, o homem de Flores era dotado de inteligência suficiente para produzir os instrumentos de pedra lascada encontrados junto dos ossos. Para além destas peças, o local continha restos ósseos calcinados de pequenos elefantes, roedores e outros mamíferos, que sugerem que tenham sido assados antes de comidos. A dimensão relativa de algumas destas presas com o homem de Flores mostra também que esta espécie era capaz de organizar uma caçada em grupo.
Extinção
O homem de Flores extinguiu-se há cerca de 15 000 anos por causas desconhecidas. As várias hipóteses sugeridas incluem competição com o homem moderno ou uma violenta erupção vulcânica ocorrida na ilha há 12 000 anos. Seja qual for o motivo, o homem de Flores foi aparentemente a última espécie do gênero Homo a extinguir-se, muito depois do Neanderthal desaparecido há 28 000 anos.
Sem Comentários
Postar um comentário